terça-feira, 24 de abril de 2012

Educação a distância





Educação a distância - EAD - é uma forma de ensino que possibilita aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação (internet, cd-rooms, material impresso, audiovisual, dentre outros), utilizados isoladamente ou combinados e veiculados pelos diversos meios de comunicação. A EAD tem sido usada em programas do Ministério da Educação – MEC - que visam a ampliação das vagas e interiorização do ensino como agente de inovação tecnológica nos processos de ensino e aprendizagem. Essas políticas ainda promovem pesquisas e desenvolvimentos voltados para a introdução de novos conceitos e práticas nas escolas brasileiras.
A Secretaria de Educação a Distância – SEED – que discutia as ações e programas de educação a distância, criada oficialmente pelo Decreto nº 1.917, de 27 de maio de 1996, foi extinta e atualmente esse papel é cumprido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão – SECADI, que visa a efetivação de políticas públicas transversais e interssetoriais.

A base para a educação a distância pode ser encontrada na LDB de 1996, no artigo 80 que trata sobre EAD, regulamentada pelo Decreto Lei5.622. Esta Lei garante que as instituições públicas ou privadas que conferem certificado ou diploma de conclusão do ensino fundamental para jovens e adultos, do ensino médio, da educação profissional e de graduação sejam credenciadas para esse fim, nos termos deste Decreto e conforme exigências pelo Ministro de Estado da Educação e do Desporto.

A educação a distância poderá ser ofertada nos seguintes níveis e modalidades educacionais: I - educação básica, II - educação de jovens e adultos, III - educação especial, respeitadas as especificidades legais pertinentes; IV - educação profissional, abrangendo os seguintes cursos e programas: a) técnicos, de nível médio; e b) tecnológicos, de nível superior; V - educação superior, abrangendo os seguintes cursos e programas: a) sequenciais; b) de graduação; c) de especialização; d) de mestrado; e e) de doutorado.


A educação a distância, da forma como está sendo aplicada no Programa UAB tem gerado uma série de questões que ainda precisam ser analisadas e que iremos discutir em outro momento. Entre estas: a função do tutor e seu vínculo; o material didático; a estrutura dos polos e a avaliação do ensino a distância. Outras informações sobre EAD também podem ser obtidas no site do Núcleo de Educação a Distancia da Universidade Federal de São João del-Rei - o NEAD. 






terça-feira, 17 de abril de 2012

Entrevista Prof. Dr. Walter Melo Junior - Articulação entre SUS e Saúde Mental




O vídeo acima é uma entrevista sobre a Articulação entre o Sistema Único de Saúde e a Saúde Mental realizada no dia vinte e três de março de 2012 com o Prof. Dr. Walter Melo Junior da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ). 

O Prof. Dr. Walter Melo Junior é coordenador do Núcleo de Estudo, Pesquisa e Intervenção em Saúde (NEPIS), vinculado ao Laboratório de Pesquisa e Intervenção Psicossocial (LAPIP) do Departamento de Psicologia da UFSJ. Psicólogo pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), residência em Psicologia Clínico-Institucional pela UERJ, mestre em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e doutor em Psicologia Social pela UERJ. Autor de diversos livros e artigos sobre saúde mental e psicologia analítica.

Na entrevista realizada, Walter evidencia que, de acordo com a Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990 (Lei do SUS), existem fatores determinantes e condicionantes da saúde, a saber, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer, entre outros. O Prof. Dr. Walter salienta, então, que a saúde é uma construção social. Um dos pontos-chaves da entrevista refere-se à afirmação de que a saúde mental não está à parte da saúde coletiva, sendo assim, espera-se no futuro, não a ampliação do número de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), mas o fortalecimento da equipes do Programa Saúde da Família (PSF) por meio de ações como o apoio matricial.


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Programa Nacional de Tecnologias Educacional - ProInfo


O Programa Nacional de Tecnologia Educacional - ProInfo - é um programa com o objetivo de promover o uso pedagógico da informática na rede pública de educação básica. Esse programa leva às escolas computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais. Em contrapartida, Estados, Distrito Federal e Municípios devem garantir a estrutura adequada (espaço físico e mobiliário) para receber os laboratórios e capacitar os educadores para uso das máquinas e tecnologias.

O Proinfo é programa que visa promover um avanço para a educação, entretanto, ainda há obstáculos que dificultam o pleno alcance de seus objetivos. As escolas visitadas em São João del Rei relatam que suas maiores dificuldades são a disponibilidade de espaço físico para alocação do laboratório e, principalmente, a ausência de um profissional capacitado para acompanhar e orientar o uso dos computadores pelos alunos ou a disponibilidade de um de seus profissionais para atender a todas as turmas; além disso, alguns professores não tem conhecimento em informática e não há interesse por parte deles em aprender.

Diante dessa situação, uma das saídas encontradas pelas escolas foi improvisar de acordo com as possibilidades e recursos de cada uma. Sem uma sala extra que possa abrigar os computadores, essas escolas se veem obrigadas a desocupar ou reorganizar as salas que possuem como forma de se manter no processo de seleção e não perder essa oportunidade. Quanto ao problema que diz respeito a ausência de profissionais capacitados, as soluções foram: dividir horários durante o período de aulas entre os professores que tem interesse e condições de orientar, para que estes levem suas turmas para sala de informática e trabalhem o conteúdo oferecido pelo MEC (já implantado nas máquinas); deslocar um professor de outro turno para que fique responsável pela supervisão dos alunos durante o uso do laboratório; ou mesmo buscar apoio em cursos de informática para que, em curtos períodos de tempo, técnicos instruíssem seus professores.

A partir da identificação dessas dificuldades, uma iniciativa da Universidade Federal de São João del Rei - UFSJ -, por meio de um projeto de extensão intitulado “Qualificação de professores de São João del-Rei no uso de tecnologias de informação e comunicação como ferramenta de mediação pedagógica”, tinha por objetivo qualificar professores da rede municipal de educação para o uso das tecnologias de informação e comunicação, especificamente computadores, incluindo softwares e Internet como ferramentas didático-pedagógicas, na busca da inclusão digital e da melhoria do processo de ensino e aprendizagem. O projeto, desenvolvido por professores dos cursos de psicologia, pedagogia e engenharia mecânica, teve início com a participação de 220 professores de escolas municipais, que durante quatro meses foram instruídos para utilização do computador, Internet e os programas básicos que o Linux Educacional 3.0 oferece, uma vez que é esse o sistema operacional que tem sido adotado nas escolas. Além disso, foram realizadas palestras e debates sobre tecnologia. Ao final do projeto, 110 professores estiveram ativos e receberam o certificado de participação. 

Contudo, projetos e iniciativas pontuais não são suficientes para resolver as questões, pois além da falta de qualificação profissional e de espaço físico, outras dificuldades foram citadas, como por exemplo: o mobiliário para construção do laboratório não está incluso no programa, uma despesa fora do orçamento da
escola; com a falta de um profissional responsável exclusivamente pelo laboratório, o acesso dos alunos aos computadores é restrito aos horários e adequações improvisadas pelas escolas e não havendo também como supervisionar o uso da Internet deixa esse recurso inutilizado nos horários extra-aula.

Diante de tantas dificuldades apresentadas pelas escolas, não seria necessária uma reestruturação do ProInfo ou a criação de programas paralelos que suprissem estas dificuldades? Não seria necessária a inclusão de um técnico de informática como funcionário dentro das instituições de ensino beneficiadas com o ProInfo, ou mesmo de um programa de capacitação para que todo o corpo docente pudesse se especializar? Se programas de implantação de novos métodos para o ensino são criados e aprovados, não deveriam ser criados estrutura e suporte completos, de forma que o principal objetivo, integração dos alunos à informática como forma de aprendizagem, fosse alcançado?

Para obter mais informações sobre o Programa Nacional de Tecnologia Educacional, clique aqui

Gostaríamos de agradecer a Tatiana Detomi Ramos pelas informações fornecidas sobre o projeto “Qualificação de professores de São João del-Rei no uso de tecnologias de informação e comunicação como ferramenta de mediação pedagógica”.