terça-feira, 17 de setembro de 2013

Férias do Blog






Bom dia a todos!!! 


O blog está de férias!!!!! Dentro de 15 dias retomaremos nossas atividades com a publicação no dia 01 de Outubro com o tema Juventude Viva!!!

Aguardem!!!!!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Medicalização da Infância: TDA/H nas escolas - Parte II



No dia 20 de Agosto (acesse aqui), postamos uma discussão no blog sobre um momento crítico que a sociedade contemporânea está vivenciando: a medicalização da infância.

Nesta segunda postagem sobre esse tema, entrevistamos o Prof. Fuad Kyrillos Neto, professor do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São João del Rei, sobre sua experiência na parte prática da disciplina Teorias e Técnicas de Psicodiagnóstico com crianças diagnosticadas com TDA/H.

O consumo indiscriminado dos medicamentos Concerta e Ritalina e a falta no rigor dignóstico de “crianças-problema” tem se tornado uma preocupação mundial. Os psicoativos citados são utilizados como uma centralidade no tratamento dessas crianças que, na grande maioria das vezes, são diagnosticadas com TDA/H. Hoje no Brasil e no mundo, o sujeito que não segue as regras impostas, que não é comportado e é questionador acaba sendo considerado incomodo, um problema social sendo submetidos a diagnósticos e tratamentos respaldados em uma abordagem dita científica, considerando crianças e adultos puramente um corpo biológico não sadio. 

De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, o TDA/H é definido como um transtorno neurobiológico de causas genéticas. Muito desses diagnósticos são feitos dentro do setting escolar e são encaminhados à psiquiatras. Cabe aqui questionar, a visão da escola para com essas crianças: muitas consideram que comportamentos distintos do “normal” são obstáculos para um sucesso acadêmico e impedem o andamento e desenvolvimento das aulas e da escola. Por falta de preparo diagnosticam e rotulam crianças erroneamente. 

O número de crianças diagnosticadas com TDA/H está cada vez maior e o número de consumo dos seus respectivos psicoativos cresce exponencialmente. O discurso médico psiquiátrico defende que esse crescimento se deve ao maior conhecimento e conscientização acerca do
distúrbio. 

Fica as perguntas: será mesmo que o número tão alto de diagnósticos e do consumo de psicoativos, principalmente Ritalina, é devido ao maior conhecimento sobre o sofrimento psíquico? Ou será que a visão organicista, científica, neuronal impõe uma “verdade” que deve ser aceita? Pela complexidade do assunto, cabe aqui ainda mais perguntas: “Como estão as nossas escolas? Será que elas estão preparadas para receber essa diversidade e singularidade de nossas crianças?”

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Manifestação das APAEs



A APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – surgiu em 1954 na cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de promover a atenção integral à pessoa com deficiência, além de defender seus direitos de cidadania e sua inclusão social. Segundo o site oficial, atualmente o movimento congrega a Fenapaes – Federação Nacional das Apaes, 23 Federações nos estados e mais de duas mil estabelecimentos de ensino distribuídos em todo o país, que atendem aproximadamente 250.000 pessoas com deficiência.

Desde o início de 2013 algumas Federações das Apaes nos estados tem se articulado contra o documento-referênciada CONAE 2014 (Conferência Nacional de Educação), que está sendo discutido esse ano pelas escolas de todo o país. O Eixo VII, número 488, item VII deste documento propõe que “o número de matrículas em educação especial, ofertadas por organizações filantrópicas, comunitárias e confessionais parceiras do poder público seja congelado e, finalmente, essa modalidade de parceria seja extinta em 2018, sendo obrigatoriamente assegurado o atendimento da demanda diretamente na rede pública, na perspectiva da educação inclusiva”. 

A FEAPAES-SP propõe, segundo artigo publicado em sua página oficial, que o texto seja alterado para “o número de matrículas em educação especial, ofertadas por organizações filantrópicas, comunitárias e confessionais parceiras do poder público seja assegurado e contabilizado para fins de financiamento com recursos públicos da Educação Básica”.

A partir dessa reivindicação foram organizadas várias manifestações contra a proposta da CONAE, principalmente durante a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, que aconteceu entre os dias 21 e 28 de agosto. A APAE de São João del Rei também organizou manifestações, a primeira durante a visita da Presidente Dilma Rousseff à cidade, no dia 20 de agosto, e a segunda no dia 29 de agosto, que contou com o apoio de mais 12 APAEs da região do Campo das Vertentes.

Em resposta às diversas manifestações que ocorreram em todo o país, a Presidente da Federação Nacional das APAEs, Aracy Lêdo, divulgou uma nota de esclarecimento. Segundo esta nota, a Ministra-Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann defendeu a manutenção da Meta 4 do Plano Nacional de Educação, que define que o governo deve oferecer aos estudantes de 4 a 17 anos, com qualquer tipo de deficiência, o acesso ao ensino regular. Além disso, a Ministra defendeu a inclusão da palavra “preferencialmente” no texto da Meta, indicando que os pais de crianças e adolescentes com deficiência poderão escolher como adequar o ensino dos seus filhos, articulando o ingresso nas escolas de ensino regular e nas escolas especializadas.