terça-feira, 27 de maio de 2014

GREVE DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO - SJDR




Investimentos em Educação estão sempre no topo das principais propostas de campanha em eleições municipais, estaduais e federais. Entretanto, ao fim de cada mandato, as lutas por uma melhoria na qualidade da Educação Nacional permanecem. Fica para os sucessores o desafio de oferecer e garantir à população o direito constitucional de acesso ao ensino na rede pública. O Brasil ocupava, em 2011, o 88º lugar no ranking de Educação da UNESCO*, alguns pontos atrás de nossos vizinhos Uruguai (36º), Argentina (38º), Paraguai (77º), Bolívia (78º), Peru (72º), Colômbia (71º) e Venezuela (74º). Os dados refletem a cultura do insucesso reproduzida pelas políticas públicas de educação do país a cada gestão, ao longo de décadas. Com cerca de 13,2 milhões de analfabetos no Brasil, a Educação também é uma das principais reivindicações de melhoria pela população. A esperança do oferecimento de um ensino melhor desde a educação básica ao ensino superior é a certeza que nossas crianças e adolescentes merecem mais do que os governos lhes tem oferecido.

Apesar dos modestos avanços dos últimos anos, oriundos de vários programas e ações do Governo Federal, a realidade segue ainda preocupante. Reivindicações por todo país almejam maiores investimentos na melhoria da rede física das unidades escolares; regulamentação do atendimento dos profissionais de assistência educacional (Psicólogos, Assistentes Sociais, Fonoaudiólogos, Fisioterapeutas); pagamento do Piso Salarial Nacional da categoria; melhoria nos planos de carreira, assistência médica e nos planos previdenciários; gestão democrática da escola e do sistema educacional; dentre outros.

Na última quarta-feira, 21 de maio, os trabalhadores da educação do estado de Minas Gerais iniciaram a greve por tempo indeterminado. A ação promovida pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) é uma maneira de pressionar o governo do estado a se posicionar sobre a pauta de reivindicações protocolada no dia 31 de janeiro e até hoje sem resposta. Além dos trabalhadores da educação de MG, os trabalhadores de SP, RJ e PI estão com suas atividades paralisadas e outros estados também seguem com pauta de reivindicações em todo país.

Em São João del-Rei, os trabalhadores da educação da rede municipal paralisaram suas atividades por 20 dias, retornando aos trabalhos no último dia 16. Buscaram com a greve, melhor remuneração para toda categoria e um Plano de Carreira para os professores que precisam realizar várias jornadas de trabalho afim de se obter uma remuneração mais compensadora. Após as negociações com o Prefeito Helvécio, receberam uma incorporação de R$ 160,00 ao salário e um reajuste de 8.32% para o funcionalismo. Apesar do retorno, os profissionais ainda se mantêm em “estado de greve” com continuidade das negociações e diálogos com a Prefeitura Municipal. No próximo dia 31, haverá uma nova assembleia com possibilidade de nova paralisação, caso não seja realizado acordo com o poder municipal. A greve busca melhorias não só para os professores, mas para todos os agentes envolvidos nas práticas educacionais do município.

Para mais detalhes, assista à entrevista  com a representante municipal dos profissionais de educação em São João Del Rei, Gorete Oliveira.

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