terça-feira, 20 de maio de 2014

Luta Antimanicomial - 18 de Maio




No dia 18 de Maio, comemora-se o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Trabalhadores da área de saúde mental, usuários e familiares foram às ruas de diversas cidades espalhadas pelo Brasil com o objetivo de defender uma sociedade com mais liberdade, justiça social e promover o cuidado com pessoas em sofrimento psíquico em um ambiente aberto, inserido na sua comunidade. Busca-se fortalecer a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e apostar na construção de políticas públicas e financiamento e apoio em projetos que promovem a inclusão social.


Outro desafio que se faz presente é a busca de um atendimento humanizado através da implantação efetiva da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Uma diretriz  do Ministério da Saúde  que busca "(...) consolidar um modelo de atenção aberto e de base comunitária.A proposta é garantir a livre circulação das pessoas com problemas mentais pelos serviços, pela comunidade e pela cidade. A RAPS estabelece os pontos de atenção para o atendimento de pessoas com problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do uso de crack, álcool e outras drogas. A Rede integra o Sistema Único de Saúde (SUS). A Rede é composta por serviços e equipamentos variados, tais como: os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS); os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT); os Centros de Convivência e Cultura, as Unidade de Acolhimento (UAs), e os leitos de atenção integral (em Hospitais Geõ
rais, nos CAPS III). Faz parte dessa política o programa de Volta para Casa, que oferece bolsas para pacientes egressos de longas internações em hospitais psiquiátricos. As informações completas estão na Portaria do GM Nº 3.088“. O que significa a articulação entre a União, o Estado e o município.

A realidade hoje ainda é de exclusão da população em situação de rua, negra e indígena, pobre e periférica; de pessoas em sofrimento psíquico; de criminalização da juventude e movimentos sociais; do desrespeito às orientações sexuais e às mulheres além da exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes, que  gera sofrimento e consequências adoecedoras. Avançamos, mas a luta continua em busca de uma saúde integral, que contemple cultura, moradia, trabalho e o direito à cidade.

Organizado em vários estados, o Movimento caminha agora para uma articulação nacional. Em São João del Rei não foi diferente. Os trabalhadores da área da saúde mental, os usuários bem como familiares e interessados na causa participaram, no dia 16 de Maio, do Movimento da Luta Antimanicomial. A concentração começou em frente à Prefeitura da cidade, sendo uma Acolhida da Prefeitura aos usuários dos serviços de saúde mental da Microrregião do Campo das Vertentes, expuseram os trabalhos dos usuários bem como dos trabalhadores e fizeram uma apresentação cultural com músicas e dança em frente à Prefeitura. Aconteceu o desfile do Bloco Maracatu e uma caminhada da Prefeitura até o Teatro Municipal de São João del Rei. Tal articulação buscará dar conta da Organização dos Trabalhadores em Saúde Mental, aliados efetiva e sistematicamente ao movimento popular e sindical, buscando uma sociedade sem manicômios. 
Acima temos uma entrevista com o Gerente do Núcleo de Saúde Mental, Adelson Régis Teixeira, falando sobre a importância da data e da inserção dos pacientes no ambiente social.

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