Na
atualidade, a profissão de intérprete e tradutor da Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS) deixou de ser apenas uma ferramenta de inclusão e garantia de
acessibilidade social aos surdos e se tornou um mercado promissor, com diversas
possibilidades para os profissionais desta área. A tradução simultânea
(realizada em tempo real com o auxílio de cabine e equipamento) e a tradução
consecutiva (feita após a fala do palestrante, em curtos intervalos de tempo)
são as atividades mais conhecidas podendo alcançar remuneração de
aproximadamente R$ 2.000,00 em apenas uma conferência, segundo a tabela do
Sindicato Nacional dos Tradutores (SINTRA). A profissão ainda permite a
tradução literária, de multimídia, websites, contratos e documentos oficiais,
tradução juramentada (operações que necessitem de fé pública), acompanhamento a
eventos políticos ou corporativos, atividades turísticas, dentre outras.
A profissão de tradutor e
intérprete ainda não é regulamentada no país, ou seja, qualquer pessoa que
tenha conhecimento avançado em uma determinada língua poderá exercer a
profissão sem a exigência de diploma de curso de especialização na área. Entretanto, no caso da LIBRAS, em
2006 foi criado o Prolibras (Exame
Nacional para Certificação de Proficiênciano uso e no ensino de Libras e
para Certificação de Proficiência na tradução e interpretação de
Libras/Português/Libras) que certifica pessoas, tanto surda
como ouvintes, para atuação na mercado como também para o ensino da Língua
Brasileira de Sinais. O Prolibras foi instituído pelo Ministério da Educação a
partir do Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005 e os certificados obtidos
no exame são aceitos como títulos que comprovam a competência no ensino ou na
tradução da Libras. As cinco primeiras
edições do Prolibras foram promovidas pelo Ministério da Educação e pelo Instituto
Nacional de Estudo e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em parceria
com a Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.
A partir de 2011, a realização do
exame passou a ser responsabilidade do Instituto Nacional de Educação de Surdos
(INES) que, novamente em parceria com a COPERVE/UFSC, realizaram o 6°
Prolibras, em março de 2013. O exame é composto por duas etapas, sendo uma
prova objetiva comum a todos os candidatos e a uma prova prática específica a
modalidade de certificação pretendida – ensino ou tradução e interpretação da
Libras – aplicadas em 35 cidades do Brasil. Em sua última edição foram 7.120
candidatos inscritos para o exame e apenas 406 candidatos receberam a
certificação. O Prolibras já certificou mais de 6.500 pessoas somando todas as
edições, contribuindo para o processo de inclusão das pessoas surdas, previsto
no decreto 5626/2005 que regulamenta a lei 10.436/2002.
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