terça-feira, 19 de agosto de 2014

Prolibras

               

Na atualidade, a profissão de intérprete e tradutor da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) deixou de ser apenas uma ferramenta de inclusão e garantia de acessibilidade social aos surdos e se tornou um mercado promissor, com diversas possibilidades para os profissionais desta área. A tradução simultânea (realizada em tempo real com o auxílio de cabine e equipamento) e a tradução consecutiva (feita após a fala do palestrante, em curtos intervalos de tempo) são as atividades mais conhecidas podendo alcançar remuneração de aproximadamente R$ 2.000,00 em apenas uma conferência, segundo a tabela do Sindicato Nacional dos Tradutores (SINTRA). A profissão ainda permite a tradução literária, de multimídia, websites, contratos e documentos oficiais, tradução juramentada (operações que necessitem de fé pública), acompanhamento a eventos políticos ou corporativos, atividades turísticas, dentre outras.


A profissão de tradutor e intérprete ainda não é regulamentada no país, ou seja, qualquer pessoa que tenha conhecimento avançado em uma determinada língua poderá exercer a profissão sem a exigência de diploma de curso de especialização na área. Entretanto, no caso da LIBRAS, em 2006 foi criado o Prolibras (Exame Nacional para Certificação de Proficiênciano uso e no ensino de Libras e para Certificação de Proficiência na tradução e interpretação de Libras/Português/Libras) que certifica pessoas, tanto surda como ouvintes, para atuação na mercado como também para o ensino da Língua Brasileira de Sinais. O Prolibras foi instituído pelo Ministério da Educação a partir do Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005 e os certificados obtidos no exame são aceitos como títulos que comprovam a competência no ensino ou na tradução da Libras.  As cinco primeiras edições do Prolibras foram promovidas pelo Ministério da Educação e pelo Instituto Nacional de Estudo e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC


A partir de 2011, a realização do exame passou a ser responsabilidade do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) que, novamente em parceria com a COPERVE/UFSC, realizaram o 6° Prolibras, em março de 2013. O exame é composto por duas etapas, sendo uma prova objetiva comum a todos os candidatos e a uma prova prática específica a modalidade de certificação pretendida – ensino ou tradução e interpretação da Libras – aplicadas em 35 cidades do Brasil. Em sua última edição foram 7.120 candidatos inscritos para o exame e apenas 406 candidatos receberam a certificação. O Prolibras já certificou mais de 6.500 pessoas somando todas as edições, contribuindo para o processo de inclusão das pessoas surdas, previsto no decreto 5626/2005 que regulamenta a lei 10.436/2002.




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